Nesta quarta-feira, 12 de abril, foi realizada uma Assembléia Geral Extraordinária entre os membros titulares da Academia Brasileira de Ciências (ABC), convocada por sua presidente, Helena Bonciani Nader, com o objetivo de apurar os votos para a renovação da Comissão de Seleção de novos membros da ABC.
A comissão é formada por 12 titulares, com 4 vagas sendo renovadas a cada ano. Ela é responsável por iniciar o processo, ditando as regras e definindo o formulário de indicação, e, ao final, decidir quantas vagas serão abertas em cada área q quais candidatos serão inseridos na cédula de votação para serem escolhidos pela Assembleia Geral os novos membros. O trabalho da comissão é, portanto, crucial para manter o padrão de excelência dos membros, e o processo completo pode ser lido neste passo-a-passo.
Neste ano, terminarão o mandato na comissão os Acadêmicos Jairton Dupont, Eliete Bouskela e Concepta Margaret McManus Pimentel. Eles foram substituídos pelos agora eleitos Antonio Egidio Nardi (Ciências da Saúde), José Oswaldo de Siqueira (Ciências Agrárias) e Luiz Carlos Dias (Ciências Químicas). O Acadêmico Sylvio Roberto Accioly Canuto (Ciências Físicas) foi reeleito e continuará com mandato na comissão até 2026.
Os novos integrantes se juntarão aos Acadêmicos Alexander Wilhelm Armin Kellner (Ciências da Terra), Alicia Juliana Kowaltowski (Ciências Biológicas), Claudia Maria Bauzer Medeiros (Ciências da Engenharia), Maria José Pacífico (Ciências Matemáticas), Célia Regina da Silva Garcia (Ciências Biomédicas) Regina Pekelmann Markus (Ciências Biomédicas) e Nadya Araujo Guimarães (Ciências Sociais).
Excepcionalmente, a comissão de seleção está com uma vaga aberta para Ciências Físicas, após o falecimento do saudoso Ronald Cintra Shellard, que só será preenchida em 2024 conforme prevê a rotatividade. A presidente da ABC também faz parte da comissão durante todo o mandato. Ela coordena todos os trabalhos, mas o seu voto é apenas computado em caso de empate.
Participaram da Assembléia 307 dos 577 membros titulares da Academia, atingindo, portanto, o quórum de 50% necessário para a votação.
Como é eleito um membro titular da ABC?
A comissão de seleção nacional inicia o processo, projetando o modelo formulário para a indicação, definindo quais informações são relevantes sobre o(a) candidato(a). Aberto o período de indicações, um ou, no máximo, dois(uas) Membros Titulares subscrevem a indicação de um candidato. Este(a) candidato(a) precisa ser um(a) cientista radicado(a) no Brasil há mais de 10 (dez) anos, brasileiro(a) ou não, com destacada atuação científica e notória liderança nacional na sua área. Cada Membro Titular pode indicar até dois candidatos(as), de qualquer área da ciência, radicado em qualquer região geográfica do Brasil.
Ao fim do período de indicações, todos(as) os(as) candidatos(as) são separados(as) por área de Ciência (as áreas são definidas no Art. 2º do Estatuto), e os seus formulários são enviados para os(as) Membros Titulares da sua área. Os(as) Membros Titulares são convocados(as) a dar notas, avaliando os(as) candidatos(as) da sua área, onde 1 é não recomendável e 5 significa muito recomendável para ingressar na Academia.
Ao fim do período de avaliações, são confeccionadas uma tabela para cada área da ciência contemplada pela ABC, com a quantidade de notas (entre 1 e 5) cada candidato(a) daquela área da ciência recebeu.
A comissão de seleção é convocada para aprovar o número de vagas que serão abertas para Membros Titulares a preencher naquele ano, examinar o currículo dos(as) candidatos(as) e a tabela de avaliação de cada área e preparar a cédula de votação.