Na área de Química Analítica, o Prof. Godinho, que trabalhou com a formação de complexos com aplicações analíticas na sua tese de doutorado, defendida na USP, teve o seu primeiro projeto de pesquisa no IQ na subárea de termoanalítica, projeto desenvolvido junto com o Prof. Aécio Chagas. Ele manteve esta linha de pesquisa durante toda sua carreira no IQ, aposentando-se em 1994. Durante esses anos, o Prof. Godinho também orientou projetos em cinética de complexação e, induzido pelo Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD), no qual o IQ esteve envolvido entre 1976 e 1979, iniciou também a linha de eletroanalítica. Seu primeiro orientado nesta nova linha foi Luiz Manoel Aleixo, contratado em 1974, que continuou com projetos em eletroanalítica após seu doutorado.
O Prof. Walter Martins defendeu a sua tese de doutorado em 1974 (pelo sistema que permitia a defesa de tese sem ter cursado disciplinas e sem orientador formal no IQ) na subárea de separações, com ênfase em extração em fase única, linha de pesquisa que manteve durante toda a sua permanência neste instituto. Um dos alunos de doutorado do Prof. Walter foi Nivaldo Baccan e outro foi Gilberto Luis Jardim Pinto da Silva, contratado em 1981 e que se demitiu em 1992.
O Prof. Wiernik iniciou alguns projetos em radioquímica de transactinídeos, mas a única tese que ele orientou, a de mestrado do Nivaldo Baccan, utilizou cromatografia gasosa como ferramenta de análise. Em 1981, o Prof. Wiernik deixou o IQ, indo trabalhar em uma indústria no Uruguai.
Os primeiros projetos da Profa. Carol tiveram ênfase em química radioanalítica, aplicando diversos métodos de separação para as análises. Com o seu envolvimento no programa PNUD Os seus projetos foram focados com maior ênfase nos métodos de separação cromatográfica. Como resultado, dois dos orientados da Profa. Carol, Antonio Luis Pires Valente, contratado em 1979 e que se doutorou em 1984, e Isabel Cristina Sales Fontes Jardim, contratada em 1981 e que se doutorou em 1983, iniciaram suas orientações em diferentes aspectos da cromatografia. Outro aluno da Profa. Carol, José Félix Manfredi, contratado em 1981, continuou as pesquisas com a radioquímica após o seu doutorado em 1983, mas logo pediu demissão para atuar na indústria.
O Prof. Walace que fez seu doutorado nos EUA na sub-área de determinações termoanalíticas, manteve os seus projetos e seus interesses nesta área no IQ, nesta direção, ampliando-a com pesquisas envolvendo a técnica de injeção em fluxo contínuo (FIA). Seu aluno, Célio Pasquini, contratado em 1981, enfatizou novas técnicas de fluxo em seu doutorado, defendido em 1984, e, depois da defesa, implantou uma nova linha de pesquisa em instrumentação analítica. Esta linha também conta com os Profs. Ivo M. Raimundo Jr., contratado em 1986, e Jarbas J.R. Rohwedder, contratado em 1990.
O programa PNUD teve um dos seus focos voltado para a implantação de novas linhas de pesquisa no IQ, com ênfase na área de Química Analítica. Como já mencionado, a eletroanalítica e a cromatografia estavam entre estas novas linhas. Durante esse programa, o Prof. Aleixo fez um estágio em eletroanalítica na Finlândia com o Prof. Ari Ivaska e o Prof. Pires fez um estágio em cromatografia gasosa nos EUA com o Prof. Harold McNair. Outras subáreas apoiadas pelo PNUD foram espectroanalítica e quimiometria. Os Profs. João Carlos de Andrade, que se doutorou em radioquímica em 1980 sob a orientação do prof Kenneth Collins, e Nivaldo Baccan, com doutorado em síntese de complexos úteis para determinações analíticas em 1981, aceitaram desenvolver pesquisas baseadas na primeira sub-área. Ambos fizeram estágios no exterior para se aperfeiçoarem na área de espectrometria atômica. O Prof. Roy Edward Bruns, do Departamento de Físico-Química, após um estágio com Prof. Bruce Kowaski nos EUA, começou a orientar pesquisas na segunda sub-área; as dissertações e teses aplicando a quimiometria foram defendidas na área de química analítica. A linha de quimiometria também conta com o Prof. Ronei Jesus Poppi, contratado em 1994, que se doutorou sob a orientação do Prof. Célio em 1993.
Para o primeiro relatório à CAPES, em meados da década de 80, o Departamento de Química Analítica relatou sua atuação em seis linhas de pesquisa, a saber: Instrumentação e Automação, Métodos Analíticos de Separação, Métodos Eletroanalíticos, Métodos Espectroanalíticos, Métodos Radioanalíticos e Métodos Termoanalíticos.
As contratações posteriores feitas pelo DQA contemplaram outras sub-áreas e outras linhas de pesquisas foram iniciadas. A construção de eletrodos para determinações eletroanalíticas foi implantada pelo Prof. Graciliano de Oliveira Neto quando se transferiu do IQ/USP para o IQ/Unicamp em 1985. O Prof. Graciliano aposentou-se em 1996, mas esta linha continua ativa no DQA com o Prof. Lauro Tatsuo Kubota, contratado em 1994. A Profa. Susanne Rath, contratada em 1998, trabalha na linha de eletroanalítica e também orienta projetos em cromatografia líquida.
A sub-área com ênfase em Química Ambiental teve início quando o Prof. Wilson de Figueiredo Jardim, Ph.D. em biologia pela University of Liverpool, Inglaterra, foi contratado em 1984. O Prof. Wilson continua ativo nesta linha. Outra docente, contratada em 1998, a Profa. Anne Hélène Fostier, que obteve o seu doutorado na Université de Perpignan, França, também realiza investigações neste campo.
A sub-área de separações se expandiu. O Prof. Fábio Augusto, contratado em 1992, atua na área de cromatografia gasosa, que ele iniciou em sua tese de doutorado defendida em 1996, sob a orientação do Prof. Pires e também desenvolve projetos em preparo de amostras. A nova técnica de eletroforese capilar conta com três pesquisadores, todos contratados após 2001: Carla Beatriz Grespan Bottoli (2004), José Alberto Fracassi da Silva (2004) e Dosil Perreia de Jesus (2006).
Similarmente, a sub-área de espectroanalítica abriu novas linhas. A Profa. Solange Cadore, contratada em 1987 e que se doutorou com Prof. Nivaldo em 1991, trabalha com espectroscopia atômica (absorção e emissão), e a Profa. Maria Izabel M.S. Bueno, contratada em 1984 e que se doutorou com Prof. João Carlos em 1990, investiga aplicações analíticas da fluorescência de raios-X.
Outras linhas foram implantadas tais como Ensino de Química, pela Profa. Adriana Vitorino Rossi, que se doutorou com Prof. Tubino em 1995 e foi contratada em 1996, Preparo de Amostras pelo Prof. Marco Aurélio Zezzi Arruda, com doutorado na Universidad de Cordoba, Espanha, contratado em 1996, e Bioanalítica pela Profa. Ana Valéria Ana Valéria Colnaghi Simionato Cantú que se doutorou no IQSC/USP em 2005.
Em 2007 as linhas de pesquisa do Departamento de Química Analítica ainda incluem quatro das linhas de pesquisas de 25 anos atrás a Eletroanalítica, a Espectroanalítica, a Separações e a Instrumentação Analítica, que foram expandidas para com a inclusão das novas linhas Bioanalítica, Ensino de Química, Preparo de Amostras, Química Ambiental e Quimiometria.