Prêmio Fritz Feigl

Concedido de 1977 a 2008, o Prêmio Fritz Feigl foi uma iniciativa do Conselho Regional de Química – IV Região e destinada a homenagear profissionais da química com destaque em suas áreas de atuação e que, em função disso, contribuíram para o fortalecimento da profissão e para o desenvolvimento da Química.

Nos anos pares, o concurso era aberto a profissionais que atuavam na indústria e prestação de serviços. Nos ímpares, era disputado por profissionais com atuação no magistério e/ou pesquisa. O vencedor do prêmio ganhava um troféu, um certificado e a importância de R$ 30 mil.

O Fritz Feigl foi substituído pelo Prêmio Walter Borzani.

​O Instituo de Química foi agraciado três vezes por esse prêmio. Conheça os professores homenageados com esta premiação:

1997 – Fernando Galembeck

Nascido em 21/01/1943, brasileiro, casado, doutor em química, é professor titular na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Publicou mais de 200 artigos em periódicos científicos especializados e cerca de 250 trabalhos em anais de eventos, tendo orientado cerca de 60 pós-graduados (35 mestrados e 29 doutorados). Tem 17 capítulos de livros publicados, além de mais de 60 comunicações apresentadas em congressos científicos internacionais e nacionais. Juntamente com P. S. Santos, traduziu o livro “Moléculas”, de Atkins, publicado em 2000.

Atua como pesquisador ou consultor de projetos de empresas. Dirige uma equipe que detém patentes sobre processos de obtenção de pigmentos, novos adesivos, e outros materiais nanotecnológicos.

Coordenou o grupo de trabalho de Química e Engenharia Química do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PADCT), do MCT.

É membro titular da Academia Brasileira de Ciências. Recebeu os prêmios Eloísa Mano, Fritz Feigl, Simão Mathias, Rheinboldt-Hauptmann, Union Carbide, Retorta de Ouro e a Comenda e a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico.

2005 – Oswaldo Luiz Alves

Professor titular do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (IQ-Unicamp) e Membro do Conselho Consultivo da Sociedade Brasileira de Química, Alves estava, em 2005, entre os mais destacados nomes da ciência nacional. Suas linhas de pesquisa concentram-se nas áreas da Química do Estado Sólido; Materiais para Fotônica e Óptica Não-linear; Sistemas Químicos Integrados e Nanocompósitos, e Nanotecnologia. Mas a Química do Estado Sólido – expressão que, até poucos anos, causava polêmica nos meios científicos e acadêmicos –, é a sua grande paixão. Entusiasmado pelos estudos realizados no Brasil e na França, em 1985 ele fundou o Laboratório de Química do Estado Sólido (LQES), o qual coordenava na época da concessão do prêmio.

O laboratório integra o Instituto do Milênio de Materiais Complexos, sediado no IQ-Unicamp. Sua produtividade científica está entre as melhores do País, com mais de 150 trabalhos científicos completos publicados em revistas indexadas e anais de congressos nacionais e internacionais. Além disso, o LQES produziu doze patentes relacionadas ao desenvolvimento de vidros especiais para telecomunicações, fotônica e materiais avançados para remediação de efluentes da indústria de papel (ecomateriais), entre outras.

2007 – Matthieu Tubino

A Química Analítica é o foco das pesquisas desse professor da Universidade de Campinas (Unicamp) e a Análise de Toque tem sido objeto de seus estudos. “Com o passar do tempo, percebi a importância da Análise de Toque (Spot Tests), método analítico cujo expoente foi o Professor Fritz Feigl e que estava caindo no esquecimento devido à crescente preferência por métodos instrumentais sofisticados”, salientou ele na documentação que entregou ao CRQ-IV juntamente com sua ficha de inscrição para disputar o prêmio. O professor também integrou a Comissão de Vestibulares da Unicamp, sendo um dos responsáveis pela elaboração da prova de Química do processo seletivo da instituição.

Tubino nasceu na Grécia e mudou-se para o Brasil aos seis anos de idade, tendo vivido em Porto Alegre/ RS e São Paulo/SP. Formou-se em Química em 1970 pela Universidade de São Paulo (USP) e, em 1971, ingressou na Unicamp.

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